sábado, 22 de maio de 2010

Não julgar não nos isenta da capacidade de analisar o que nos rodeia



Não julgar não significa não fazer constatações ou não analisar o que se passa à nossa volta.
As funções da mente não existem para serem ignoradas em nome da espiritualidade.
Mas julgar algo como certo ou errado faz-nos sentir ilusoriamente maiores ou melhores, pois tudo o que não está no contexto do amor, é puro Ego.
E quando me refiro ao amor, refiro-me a um amor maior que aquele que experimentamos nas projecções relacionais que estabelecemos com o outro. Refiro-me a um AMOR que vem da Fonte e que se sente para além do nível físico e emocional, totalmente localizado no coração, fazendo-nos abrir os braços em doações gratuitas, sem necessidade de retorno de qualquer espécie.
O não julgamento não significa fechar os olhos, negar os factos e fazer de conta que está tudo bem com aquilo que observamos.
Não julgar não nos isenta da capacidade de analisar o que nos rodeia. Como Seres duais colorimos, através da lente das nossas crenças, a realidade que é, neste sentido, sempre relativa. E é assim que inevitavelmente temos opiniões.
Se aceitarmos o direito do outro à sua própria percepção da vida, e compreendermos que cada um se move em função dessa percepção, não haverá julgamento.
Não julgar traz-nos a serenidade conquistada ao desistir da necessidade de ter razão.
Temos a liberdade de escolher continuar a vibrar na nossa energia, ou de permitir que as circunstâncias à nossa volta perturbem a nossa paz, por não concordarmos com elas.
Conscientemente, podemos observar, analisar e comparar o que sentimos com a nossa própria energia, para depois fazer essa escolha com AMOR; amor-próprio, amor-compassivo, amor-desapegado, amor-aceitação.

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