quinta-feira, 11 de março de 2010

As viagens



A ânsia de viajar é a ânsia de mudar, de conhecer através das paisagens e das pessoas, a alma que aguarda pacientemente que a soltemos das amarras do não-ser; Escalam-se montanhas da vida, para descobrir um céu maior.
Viajar é aprender a amar; amar a terra e as gentes sem diferenças de cor e credos.
Viajar para fora de nós traz-nos inevitavelmente a um regresso, libertando a nossa essência atrofiada em rotinas amorfas, permitindo-nos recolher, em cada lugar novo, os desejos reais da alma que nos sustenta, apesar de a esquecermos em tantas vidas, adormecidos pelo medo.

E assim viajarei, sempre que possa, até aprender a viajar para lugar nenhum, para finalmente encontrar a felicidade na simplicidade de deixar viver a vida em mim.

Aceitação, ou não ... eis a questão!



Fala-se muito em ACEITAÇÃO, em deixar fluir e de outras coisas que nos irritam por nos parecerem derrotistas, fazendo-nos sentir que deveríamos desistir do esforço de mudar as circunstâncias ou de desistir do esforço de melhorar o que nos rodeia. Não nos parece de todo, e à primeira vista, natural, aceitar factos ou pessoas que nos desintegram e que nos fazem descentrar.

Esta conotação negativa associada à palavra ACEITAÇÃO não corresponde à mensagem que se pretende transmitir num contexto mais profundo.
A postura de aceitação corresponde a uma postura espontâneo, não forçada mas sentida graças à assimilação de experiencias que nos levaram à fragilização necessária para abrir o coração; Um coração que só pode amar quando exposto completamente.
E aceitar, nesta visão maior, significa aceitar o significado muitas vezes invisível, mas mais elevado, das coisas que nos acontecem e das pessoas que nos encontram na vida.
A aceitação é o resultado da tranquilidade conquistada por horas de interiorização na busca da nossa essência.
E não, não são necessárias horas de meditação quieta, bastando, tão simplesmente, ter a intenção de SER verdadeiro.
Por isso, aceitarmo-nos a nós próprios com todas as versões da nossa personalidade é o primeiro passo. Em consciência do que somos, podemos escolher quem queremos ser, e assim criar, sem esforço, uma realidade mais de acordo com o que nos completa e nos satisfaz.
E, magicamente, acabamos por não querer nada, apenas a maravilhosa sensação de SER que naturalmente emana BONDADE.
E é assim que a ACEITAÇÃO se traduz em TOLERÂNCIA e SERENIDADE.

Somos Pedras alisadas pela vida...



Sabem o que acontece a uma pedra que é levada pela corrente das águas de um rio?

Ela alisa as arestas, rola forçando atritos para desaguar brilhante no mar.
No inicio deste percurso, foi empurrada pela força das águas chapinhadas por tempestades mais ou menos violentas.
Vai sendo polida pelos obstáculos do caminho melhorando atritos no movimento.
Conquista leveza para flutuar, evitando a rudeza do chão do leito do rio, até que, sem resistência, é levada em contentamento.
Quanto mais se deixa fluir, mais o percurso se torna rápido e prazeroso.
A pedra mantém a consciência numa única direcção, a do mar aberto, cheio de jogas boleadas em cores e feitios originais, arrastadas por um rio criativo e transformador.

E nós somos pedras alisadas pela vida, aprendendo a limar arestas de mágoas e dores, para fluir graciosamente na correnteza que nos leva até um mar pleno de abundância, onde desaguaremos brilhantes na nossa forma única.

Ser Quântico ... o que significa?



Usando a expressão da minha amiga Ana, tive um flash.
Pensar quânticamente tem sido uma aprendizagem dia-a-dia.
E o que é ser Quântico?
É assumir a nossa condição de Seres Multidimensionais, seres sem limite no sentido em que somos muito mais do que a nossa expressão física, mental e emocional.
Suponhamos que vivemos vidas paralelas, o que corresponderá numa linguagem muito básica, (não sou entendida em física moderna, mas a teoria das supercordas vai ao encontro deste tema), a uma realidade multidimensional, onde experimentamos múltiplas dimensões de nós em simultâneo, para além desta terceira que percepcionamos.
Ficção?
Pensamos de forma linear em relação a quase tudo o que experimentamos nesta vida: o tempo, o espaço, os números, a linguagem, etc.). Mas quem usa a intuição sabe que a linearidade limita o acesso ao verdadeiro conhecimento, aquele que traz sabedoria imediata, vinda do Absoluto Infinito, ou Deus, ou Tudo-O-Que-Existe, o que lhe quiserem chamar.
Então, dizia eu, antes que eu comece a divagar invisibilidades, tive um flash.
Porque é que eu tenho de pensar em escrever um livro paginado? Um livro com princípio, meio e fim? E se eu escrevesse e pronto, como o faço aqui, de uma forma não linear, sem querer organizar em páginas? Para ser lido aleatoriamente, sincronicamente?
O prazer que eu sinto ao brincar com as palavras, tal como o artista brinca com as cores ou o músico cria as melodias combinando notas, poderá ser o sinal do meu aspecto quântico?

E se eu escrevesse um livro quântico?
Foi só um flash que me deu...

Seja EUcológico, recicle a Vida!



Recicle a Vida colocando as emoções nos respectivos contentores:

A raiva reciclada proporcionará a energia para fazer emergir as mágoas e os medos que, reaproveitados, serão transformados em coragem e ousadia para enfrentar novas experiencias limpas e profundas;
As tristezas e as melancolias, que serviram dolorosamente para conquistar terrenos interiores na sensação de solidão, vão fertilizar esse deserto transformando-o em vales verdes de esperança; Passaremos a amar os espaços e tempos vazios.
Todas estas emoções, devidamente assumidas e recolhidas, serão então processadas para realizarem Amor e a Alegria.
Nesta postura de ecologia-emocional, ganhamos uma vida colorida com gratidão, para além de uma Alma maior. Esta Alma maior, reciclada de emoções negativas, servirá por sua vez uma Terra Renovada, cheia de sonhos concretizados na pureza de intenções.
Seja EUcológico, recicle a Vida!