sábado, 22 de maio de 2010

Deixar fluir ou Co-criar?



Percebo que viver conscientemente é ter os olhos abertos, todo o caminho.
Nas encruzilhadas, já não é um destino invisível e poderoso que me empurra para a esquerda ou para a direita. Permaneço tranquila olhando à volta, nesta nova liberdade de escolha. E neste ponto de viragem, sabendo que não há escolhas certas ou erradas, o dilema pode ser maior que o esperado.
Viro à esquerda ou à direita? Não temer o que irei experimentar poderia tornar as coisas mais fáceis, mas descubro que não é bem assim.
Já não é o Universo fora de mim que me põe à prova, surpreendendo-me com acontecimentos onde tropeço com aceitação mas sem escolha. Sou eu, agora, na liberdade total da escolha.
Mas porque será que não é fácil? Pensei sinceramente que seria mais fácil.
Não são os outros a escolherem por mim, mas também já não é o Universo a oferecer-me a vida de bandeja.
Sou eu, com guiões de vida muito novos, que vividos, trarão aventuras diferentes.
Talvez seja esta a linha entre o “deixar fluir” e o co-criar.
Sou obrigada a marcar objectivos, não de vida, mas de alma. Eu não desejo materializar nada sem a intenção consciente de corresponder àquilo que preciso sentir profundamente, e a cada passo, na viagem da minha vida.
E isso define-se em poucas palavras: amor, liberdade, alegria e tranquilidade.

Não quero nada menos do que embriagar-me de vida, e talvez seja esta a sensação de SER, contendo o Universo em si, sem me aprisionar na expectativa de que Ele me aconteça fatalmente.

Sem comentários:

Enviar um comentário