sábado, 22 de maio de 2010

Eu escrevo o que sinto, da mesma forma que o mar, tocado pelo sol, precipita o ciclo da vida.



O ciclo da criatividade assemelha-se ao ciclo da água, infinito e espontâneo.
É o Eterno manifestado, sem princípio nem fim.
Ao reflectir sobre este movimento não resistimos, na nossa percepção limitada e linear, a marcar o ponto onde nasce e renasce, sem nunca definir o fim.
O mar evapora em nuvens, desenhadas em formas nunca iguais, que se esvaziam numa chuva fertilizadora para emprenhar o nosso mundo de cores e texturas, sons e cheiros intensos de vida.
A vida, por sua vez, transpira partículas que se condensam em cascatas e rios de diferentes forças para regressarem a um mar profundo onde tudo parece ter começado.
As palavras transbordam das margens da alma criativa, inundando quem as lê, e nutrindo corações que são campos vivos de emoções. Tudo para regressar às maravilhas escondidas no fundo do mar que somos.
E é assim que escrevo, sem reter as comportas da paixão da Alma que o meu corpo abriga num contracto com o Universo.
As minhas palavras são a expressão da única verdade materializada, que vislumbro nos sentimentos que o sol do amor evapora. E cada gota caída, ou cada lágrima vertida, é única na sua intenção de integrar o mar como contentor da Verdade Maior; A natureza multidimensional do AMOR.
Eu escrevo o que sinto, da mesma forma que o mar, tocado pelo sol, precipita o ciclo da vida.

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