sexta-feira, 20 de março de 2009

Um ponto do anel da Terra

Não há certezas que me façam feliz, não há braços que me carregam, não há formas que me satisfaçam, não há nada que me faça SER.
Há sim um Sol, que me ilumina, para que eu consiga rever-me no meio do escuro, na velocidade de um tempo que não espera.
Aqueço-me neste Sol que me inclui, apenas sendo.

Venham as noites, nenhuma apagará este clarão de consciência conquistado.
Venham as dores, nenhuma afogará a esperança tecida dos fios de todas as experiências.
Venham os outros, ninguém me acorrentará para me fazer escrava da sua apreciação.
Sou completa, num ponto pequeno de um círculo inteiro, anel da Terra.
Dou de mim por ter a mais e não poder conter-me.
A luz emana do sorriso que trago, provocando o brilho escondido de cada um que se cruza na minha vida.
E eu cresço nos olhares iluminados de cada Ser.
Aprendo a SER para que me vejam SER e para que também sejam sem nada fazer.



1 comentário:

  1. ...gostava tanto de sentir em mim "Essa" força que revejo em ti...

    um dia

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