Há momentos em que nos afloram Sentimentos-ilha, isto é, sentimentos e emoções que não conseguimos associar directamente a uma memória, a alguém ou a alguma circunstância da nossa vida.
Pode ser um sentimento de tristeza, que parece saudade.
Pode ser o sentimento de raiva sem conseguirmos culpar ninguém em particular.
Ou então um medo inexplicável, que nos dá uma insegurança que não tem raízes em nada do que possamos lembrar.
E quando estes turbilhões internos surpreendem a nossa tranquilidade, podemos conscientemente não projectar: Ninguém é culpado, a vida não é injusta nem somos vítimas das circunstâncias.
Poderá ser esta a oportunidade de libertar a negatividade que reside em nós no silêncio do esquecimento, e enterrados no passado de vidas.
É a Alma que apela a que larguemos os medos, as inseguranças, as raivas ou as melancolias, sem atrair aquelas experiencias de perda dramáticas e dolorosas que nos obrigam a enfrentar estas emoções negativas!
Talvez tenhamos crescido e amadurecido o suficiente para sermos capazes de lidar com elas, escolhendo corajosamente nadar até à ilha onde esperaram desesperando para serem resgatadas.
Quando nos aventuramos, atracando a ilha do nosso descontentamento, é-nos possível finalmente reencontrar os sentimentos que naufragaram na solidão do abandono e da rejeição. Porque os sentimentos sentem, sabiam?
Se os convidarmos a abordar a embarcação do nosso SER e a integrar o resto da viagem que é esta vida, usando-os como tripulação pacífica, organizada e gerida por uma consciência maior, eles ajudarão com uma força redobrada, a içar as velas que o vento do Universo empurrará gentilmente em direcção a Casa.
A Vida não é complicada!! nós é que a complicamos...
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