segunda-feira, 31 de agosto de 2009







Era uma vez...
uma grande história de amor. Com príncipe e cavalo branco, castelos e dragões.
Um dia, a história acabou e o amor ficou.
Esse amor que acordou a Bela e matou os dragões tristes que habitavam profundas cavernas, persistiu para além da história.
E assim viveram felizes, num tempo que não tem torres prisioneiras, numa realidade maior onde já não há monstros nem princesas para salvar.

Sem FIM.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Encontros



As viagens podem ser silenciosas.
Sem percorrer espaços em tempo agendado, viajamos a alma nos olhares cruzados ou nas palavras trocadas.
Conhecer pessoas é uma espécie de viagem, com todos os riscos apegados, e com todas as emoções experimentadas.
Há surpresas em cada curva, em cada palavra, em cada gesto.
E há o novo que se mistura connosco para nos despertar do que escondemos em nós.
Muitos Eus se reconhecem no encontro com os outros, os outros que são uma espécie de viagem que escolhemos ou não fazer.

Não há paisagem mais inebriantes que o olhar do primeiro encontro.
Não há aventura maior que a de descobrir o caminho que o outro percorre.
Não há emoção mais grandiosa que a de ficar, de mãos dadas, nessa nova viagem que decidimos fazer.

Cada pessoa encontrada é um lugar para viajar, um tempo para desfrutar, um sentimento para guardar.


domingo, 16 de agosto de 2009



Foto de Aristides Mendes





Depois de caminhares longas experiencias na vida, podes sentir-te só, rasgado de todas as esperanças.
É a sensação do fim da viagem.
Nesta sensação de chegar à meta, tens duas escolhas:
Respirar fundo e retomar a estrada ou, tombares na berma como se houvesse um fim.
Não há um fim, mas sim um sentimento de impotência que nos pode dominar se o permitirmos.
Que fazer então?
Reconhecer a força que nos fez em primeiro lugar, essa explosão de luz que está sempre prestes a destruir tudo o que se interpõe entre nós e a meta.
Mas que meta é essa?
É a realidade de nos reencontramos inteiros, sem esforço, e com o Universo a aplaudir à nossa chegada.

Corremos não de nós, mas para nós.


Como é magnífica esta revelação!


terça-feira, 11 de agosto de 2009



Foto de Aristides Mendes

As perdas fragilizam-te,

promovem o reencontro contigo.

E a consciência da fragilidade

devolve a sensibilidade que te ilumina.


Pára de fingir ser forte e

deixa-te correr no rio da vida

para desaguar no mar de amor.







domingo, 9 de agosto de 2009



Podes escolher a leveza e a efemeridade das nuvens, mas tudo retorna à profundidade e à imensidão do mar. Mesmo as tuas lágrimas, como gotas de chuva, ali desaguam.


Ele apontou as nuvens para que eu olhasse a dinâmica das formas, a eterna novidade branca metamorfoseando-se no cenário do azul intenso do céu.
Revelou o desejo de as percorrer em diferentes sensações, saltando-as antes que se desfizessem em gotas de chuva.
E eu olhei o mar em baixo, revolto e perigoso, profundo e sem limites.
- Porque não vais antes com o barco que percorre o infinito? Neste desconhecido só tens de permitir-te ser levado pelas ondas caprichosas da vida e pelo sopro de um vento imprevisível e poderoso. É o maior que poderás experimentar.

Acordei do meu sonho... percebo que a vida se vive de muitas formas diferentes, mas que todas essas formas diferentes regressam à experiencia da profundidade do EU.
E a escolha é de cada um.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009








Entra na Essência e segura-te,
pois a viagem que começa aqui, é emoção pura.
Não poderás SER mais belo que quem ÉS,
mas poderás contudo honrar O ETERNO, acarinhando o teu corpo.
És belo, És Divino, És sensação pura da tua alma.
Abraça a Essência contida ainda por dúvidas humanas e
confia no poder de te amares para além de tudo.
Ama-te e recebe o dobro em ternuras celestiais.
Acredita que nunca estiveste tão perto do maior da vida.
A Essência que ÉS!

Este espaço é teu, renova e venera o templo do teu corpo
e espelha para o mundo QUEM ÉS.

SÊ pura Essência.


terça-feira, 4 de agosto de 2009

O Segredo

Ama
Amem
Amemos

Não negar o amor.
Esse é o segredo.
Por mais que se converta a mágoa em desamor, a raiva em ódio.
Enquanto não se assumir o amor, limpo, inteiro e inquebrável, não se superará a prova da aceitação.
A aceitação do jogo da vida, e das almas de quem o joga connosco.
Quando permitimos o coração amar, mesmo que ele não caiba na história de vida do ser amado, aprendemos a deixar doer, sem conter, liberando todos os restos de emoções que nos toldam as asas.
Voar é preciso.
Há céus por descobrir, braços estendidos e sorrisos radiosos de anjos que se alegram com a nossa aventura do amor.
O segredo é não prescindirmos de quem somos. E nós somos amor.
Esse é o Segredo, amar apesar de tudo e para além de tudo.

Que tranquilo que é não resistir, respeitando a nossa natureza mais profunda.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

A Força

Há uma força que vem do céu e que me desafia a viver.
Olho para cima procurando a sua origem e vejo ,espantada, o céu a apontar para mim.

Eu sou a Força?
Eu sou a Vida?
Eu sou o Amor?

O céu confirma com um estrondoso trovão iluminando-se em festa com milhares de estrelas e sorrindo numa lua crescente, resplandecente.

Desço de volta para mim, ascendendo à origem da luz que me fez verbo.

Não há em cima nem há em baixo.
Há o Agora, sem tempo nem espaço, onde nos reconhecemos magnificentes.

Com a Força, numa Vida, em Amor.


sábado, 1 de agosto de 2009

Amor puro

E se conseguíssemos amar sem querer? É difícil imaginar não querer.
Não desejar nada que não seja viver a sublimação dos sentimentos,
Não querer que nos satisfaçam, por nos sentirmos já completos.
Existe tal amor?
Existe essa força dinâmica do desapego quando se ama? Inventamos tantas formas de fugir do amor!
Uns negam-no, outros descomprometem-se, outros ainda, negoceiam a sua individualidade para receberem migalhas de afecto.
Existem tantas formas de culpar o amor das dores e das mágoas que nos encurralam dentro de nós mesmos.
Ficar a sós com quem somos é corajoso, é uma aventura de grandes dimensões.
Amar, assumindo os riscos é a oportunidade de voltar à nossa própria casa, onde afinal, possuímos tudo o que realmente necessitamos.
Não há maior amor que o amor-próprio.
É a aceitação total da nossa humanidade, com todas as suas fragilidades, e todo o seu brilho.

Não é preciso deixar de amar, ou negar o amor para nos desapegarmos, para nos libertarmos das nossas dependências emocionais e da prisão dos nossos desejos.


Quando conseguirmos amar, sem nos apegarmos à forma desse amor, então, libertamo-nos finalmente, e passamos a ser totalmente amor.